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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Poetas e escritores atrevem-se a fugir às convenções linguísticas na procura de expressividade — trata-se da chamada licença poética. Assim se entende que Cesário Verde (1855-1886) fale de cães que "amareladamente" parecem lobos em O Sentimento de um Ocidental, e, anos mais tarde, Fernando Pessoa (1888-1935) escreva um verso como «abandonei-me da paisagem abaixo» em Chuva Oblíqua. Vale então a pena atentar nas recentes declarações de Chico Buarque sobre a intencionalidade de certos erros gramaticais nas letras das suas canções.

2. Como foi anunciado, o consultório do Ciberdúvidas fica interrompido até ao dia 5 de Setembro. Contudo, continuaremos a divulgar informação relevante sobre usos, teoria e ensino da língua portuguesa. Uma selecção dos conteúdos aqui publicados continuará disponível também no Facebook.

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Por motivos já explicados, o consultório do Ciberdúvidas fica interrompido até ao dia 5 de Setembro, mas ainda há perguntas anteriormente feitas que aguardam resposta. Por isso, neste dia, damos esclarecimentos e fazemos comentários sobre neologismos, toponímia, origem de apelidos (sobrenomes no Brasil), palavras compostas, regionalismos, construções com o verbo ser e um emprego idiomático da palavra rodriguinho.

Entretanto, continuaremos a divulgar aqui informação relevante sobre usos, teoria e ensino da língua portuguesa. Uma selecção dos conteúdos continuará disponível também no Facebook.

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Os maus resultados dos exames de Português de 9.º e 12.º ano em Portugal – os piores em 14 anos de exames nacionais no ensino secundário – deram origem a observações várias: a culpa é da gramática («As perguntas de gramática também não ajudaram», lê-se no lead do  jornal "Público"); os alunos deviam fazer um treino prévio para responder em contexto de exame, etc. Mas há uma realidade de fundo: é que, apesar de lhes serem apresentados exames fáceis (ou acessíveis, como comummente são qualificados), os alunos não conseguem realizá-los com um grau de sucesso satisfatório (os alunos «voltaram também, como há três anos, a confundir sensações com sentimentos», lê-se igualmente no mesmo texto do "Público").

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1.  A influência das línguas africanas no português do Brasil e, nomeadamente, no que a norma culta considera como erros de concordância é tema de uma conversa com Tjerk Hagemeijer, investigador do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, no programa Língua de Todos, de sexta-feira, dia 15 de Julho, às 13h15*, na RDP África (com repetição no dia seguinte, às 9h15*).

Por sua vez, na emissão de Páginas de Português (de domingo, dia  17, às 17h00, na Antena 2), a aceitabilidade, a gramaticalidade e o erro destacam-se como tema central, em que se dá voz às reflexões/opiniões de Heloísa Ramos, autora do livro escolar brasileiro Por Uma Vida Melhor, e da linguista portuguesa Margarita Correia sobre questões como: Será aceitável admitir, como aconteceu recentemente no Brasil, que o registo popular (do tipo: "Nós pega o peixe" ou "nós vai") esteja também correcto, embora violando as normas da gramática do registo culto?  O «falar correcto» é uma forma de discriminação social e política? E a escola deverá reconhecer como válida a diversidade de variantes linguísticas, como se defende no livro?

* Hora oficial de Portugal continental

2. Neste tempo de crise em que «o  pagamento a dívida assume um papel central», um novo termo emerge — dividocracia — para representar uma realidade protagonizada pelo governo, pelo Estado, neologismo comentado por Paulo J. S. Barata na rubrica O Nosso Idioma.

3. O uso correcto do léxico — de gentílicos pouco conhecidos (de Hadramaute ou Hadramute, região do Sul da Arábia); da terminologia editorial ou gráfica (a expressão «no prelo»; do advérbio abaixo ou «a baixo» e gramaticamente ou gramaticalmente; do verbo desencaroçar ou descaroçar; do plural dos compostos de dois substantivos — e da ortografia (fuzil, o afiador de facas) dominam as respostas da actualização do consultório.

Uma selecção dos conteúdos do Ciberdúvidas está disponível também no Facebook.

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1. A língua portuguesa é tema da actualidade em Angola. Por um lado, a comunicação social aponta fragilidades no domínio de certas estruturas gramaticais por parte dos falantes. Por outro, anuncia-se uma obra sobre o uso correcto do português, com o curioso título de Ensaboado e Enxaguado, cujo autor é o professor universitário e jurista José Carlos de Almeida. O livro já deu que falar, como mostra o comentário crítico publicado no jornal angolano O País.

2. Entretanto, soube-se que na Venezuela o interesse pelo português cresce e bate recordes — mas faltam salas para o seu ensino.

3. Os gentílicos e a discussão de critérios para a sua formação têm lugar privilegiado nas novas respostas do consultório, onde também são dados esclarecimentos acerca dos modos verbais e da organização textual. Uma selecção destes e dos demais conteúdos do Ciberdúvidas está igualmente disponível no Facebook.

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Os alunos portugueses na faixa etária dos 15 anos não compreendem o que lêem. No geral, os estudantes não vão além da detecção do tema principal do texto, segundo um estudo realizado pela rede Eurydice, divulgado recentemente pela União Europeia. O estudo tomou por base os resultados do Programme for International Student Assessment (PISA) de 2000 e de 2009. Portugal revelou uma melhoria, mas continua abaixo da média.

A situação dos alunos portugueses do 4.º ano é desconhecida, pois Portugal não participou no estudo realizado para esse efeito, o PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study).

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1. Continuando o gosto romântico pelas tradições populares, muitos poetas e escritores portugueses da primeira metade do século XX conceberam a fala do povo como manifestação de vitalidade do génio colectivo, capaz de revivificar o idioma literário. Nesta linha de pensamento entronca a escrita de Antero de Figueiredo (1966-1953), como indicia um pequeno texto que agora se divulga na rubrica Antologia e no qual se lêem estas palavras, referentes à língua: «Com que gosto vou partir para a aprender, ouvindo-a, arejada e leal, da boca livre do povo, onde espontaneamente acodem termos incisivos e esbeltos modos de dizer [...].»

2. Entre as novas respostas do consultório, merece relevo especial o comentário à expressão «viajar na maionese», de provável origem brasileira, mas também usada em Portugal. São ainda abordados tópicos relativos ao léxico, ao sistema verbal, às classes de palavras e às regências. Uma selecção destes e doutros conteúdos do Ciberdúvidas está acessível igualmente no Facebook.

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1. A emissão do programa Língua de Todos de sexta-feira, dia 8 de Julho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*) é dedicada às reflexões da professora Inocência Mata, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e especialista em literaturas africanas de língua portuguesa: para quando a leitura de clássicos africanos nas escolas secundárias portuguesas? Ou, no sentido inverso, que espaço tem a literatura portuguesa nas escolas secundárias africanas?

Em tempo de exames nacionais em Portugal, o Páginas de Português (de domingo, 10 de Julho, às 17h00, na Antena 2) apresenta uma leitura sobre os exames e os resultados dos exames de Português, dos 9.º e 12.º anos de escolaridade. Outros temas tratados na rubrica Ciberdúvidas Responde: as diferenças entre «abaixo de», «debaixo de» e «em baixo de»; entre o «porque», o «por que» e o «por quê». E é «a «mais bem vestida», ou «a melhor vestida»; «o mais mal preparado», ou «o pior preparado»? Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

*Hora oficial de Portugal continental.

2. Surpreendentemente consciente e atento, um grupo de muito jovens alunos portugueses do 6.º ano de escolaridade realizou um trabalho em vídeo, intitulado «Troca de palavras», sobre a controvérsia gerada pelo Acordo Ortográfico, a ser aplicado no ensino português a partir de Setembro de 2011. Trata-se de uma polémica permanente em Portugal, que o Ciberdúvidas continua a acolher (vide o novo artigo do escritor e poeta Vasco Graça Moura) — sempre com a atenção e com a indispensável equidistância de um espaço respeitador de todas as sensibilidades e correntes de opinião à volta da língua portuguesa.

3. O que é um cabideiro? A resposta encontra-se no consultório, cuja actualização discute ainda um caso de ortografia, dois gentílicos (voliniano e marmáride), uma abreviatura, um contraste semântico, uma situação de homofonia e a análise sintáctica de dois verbos (sentar-se e lembrar-se). Uma selecção dos conteúdos do Ciberdúvidas está disponível também no Facebook.

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1. Alheios, mas paradoxalmente conscientes e atentos, às controvérsias geradas pelo Acordo Ortográfico, um grupo de muito jovens alunos portugueses do 6.º ano de escolaridade realizou um trabalho em vídeo, uma «Troca de palavras» sobre o que vai ser aplicado no ensino português a partir do próximo ano lectivo (com início em Setembro de 2011). Iniciativa a assinalar, pela forma criativa como estes jovens abordaram a polémica em torno da adopção do AO 90. Esta é, pelo que se vê e lê, uma permanente controvérsia em Portugal que o Ciberdúvidas continua a acolher  (vide o novo artigo do escritor e poeta Vasco Graça Moura) sempre com a atenção  e com a indispensável equidistância de um espaço respeitador de todas as sensibilidades e correntes de opinião à volta da língua portuguesa. 

2. Para quando a leitura de clássicos africanos nas escolas secundárias portuguesas? Ou, no sentido inverso, que espaço tem a literatura portuguesa nas escolas secundárias africanas? As reflexões da professora Inocência Mata, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e especialista em  literaturas africanas de língua portuguesa, destacam-se na na emissão de  Língua de Todos (da próxima sexta-feira, dia 8 de Julho,  às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*).

Em tempo de exames nacionais em Portugal, no programa Páginas de Português (de domingo, 10 de Julho, às 17h00, na Antena 2) é apresentada uma leitura sobre os exames e os resultados dos exames de Português, dos 9.º e 12.º anos de escolaridade. Outros temas tratados na rubrica Ciberdúvidas Responde: as diferenças entre «abaixo de», «debaixo de» e «em baixo de»; entre o «porque», o «por que» e o «por quê». E é «a mais bem vestida», ou «a melhor vestida», «o mais mal preparado», ou «o pior preparado»? Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página  da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

*Hora oficial de Portugal continental.

3. A etimologia e a história das palavras são algo que fascina um grande grupo de consulentes e, muitas vezes, revelam-nos grandes surpresas. Exemplo disso são algumas das novas respostas (sobre o verbo narrar; acerca do adjectivo piurso, do particípio passado confitado e da abreviatura etc.; e também, relativamente aos nomes próprios Ferdinando e Fernando). A pronúncia, a ortografia e a sintaxe destacam-se, igualmente, como temas da actualização do consultório.

4. Uma selecção dos conteúdos do Ciberdúvidas está também disponível no Facebook.

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1. Parafraseando Camões, «mudam-se os tempos...» — mudam as palavras o seu sentido. Assim acontece com o substantivo reforma, cuja semântica está hoje a perder a conotação que a ligava ao horizonte da justiça social. A rubrica O Nosso Idioma propõe uma reflexão sobre este tema, num texto de Daniela Cordeiro.

2. As novas respostas do consultório incidem sobre as áreas da pronúncia, ortografia, léxico e sintaxe. Uma selecção destes conteúdos e do das outras rubricas encontra-se disponível também no Facebook.