Como pôde a palavra janela, «abertura na parede externa de uma edificação ou de um veículo», passar também a significar, no contexto da informática, «parte projetada no ecrã do computador para mostrar uma aplicação ou um ficheiro»? A rubrica O Nosso Idioma ajuda a encontrar resposta, disponibilizando uma peça jornalística publicada no jornal digital Observador, em 26/07/2015, à volta dos mecanismos que intervêm nas alterações do significado lexical, muitas vezes para dar maior expressividade aos vocábulos, outras para os deturpar. O consultório, não obstante a sua pausa até 1 de setembro, abre uma exceção, com uma dúvida que não só aguardava publicação como também se impunha pela sua atualidade: porque se escreve agora para (3.ª pessoa do singular do verbo parar) sem acento, tal como a preposição para? «Mais ainda – quis saber o consulente Vasco Simões –, como interpretar o grito "Ninguém pára o Benfica", por exemplo, que, na linguagem de governo e tutelados, passa a ser "ninguém para o Benfica"?». Temos a resposta aqui.
Pesar pelo desaparecimento do escritor e político cabo-verdiano Corsino Fortes, falecido aos 82 anos em 24/07/2015, na cidade do Mindelo (São Vicente, Cabo Verde). Figura muito ativa na vida cultural do seu país e autor de uma obra poética marcante, Corsino Fortes ocupou vários cargos oficiais, igualmente se distinguindo como presidente da Associação de Escritores Cabo-Verdianos e como grande impulsionador da Academia Cabo-Verdiana de Letras, fundada em 25/09/2015.
Há diferença entre emérito e imérito? E entre eminente e iminente? São estas as questões comentadas nos novos episódios (69.º e 70.º) de Mambos da Língua – O tu-cá-tu-lá do português de Angola, um programa realizado numa parceria do Ciberdúvidas com a Rádio Nacional de Angola.