1. No Pelourinho, um apontamento de José Mário Costa foca o uso da expressão inglesa Panama Papers, salientando que, em português, há expressões equivalentes: «Papéis do Panamá», «documentos do Panamá» ou, como também se vê traduzido, «ficheiros do Panamá». E se estamos em Portugal, com leitores, ouvintes e telespectadores portugueses...1 No Correio, um esclarecimento recorda que, no Ciberdúvidas, nenhum tópico respeitante ao uso da nossa língua é uma questão de lana-caprina.
1 Diferente, muito diferente, é a prática em Espanha, onde os meios de difusão coletiva – não obstante já a sua particular sensibilidade pelo (bom) uso do seu idioma nacional, optando sempre pelo vernáculo ou pela sua tradução, em detrimento dos estrangeirismos – ainda beneficiam das diárias e sempre muito oportunas recomendações da Fundação para o Espanhol Urgente. Como aconteceu logo que começaram a ser noticiados os pormenores sobre o "paraíso fiscal" panamiano.
2. O que é uma composição poética? Como usar a locução «para mais»? Que tradução terá a divisa latina de uma rainha de Portugal que viveu na passagem do século XV para o XVI? As respostas no consultório.
3. No contexto da conferência internacional Ensino e Aprendizagem de Português como Língua Estrangeira: o percurso na China, que se realizou em Macau em 8 e 9 de abril p.p., assinalem-se as declarações recentes de Malaca Casteleiro, um dos principais impulsionadores do Acordo Ortográfico de 1990 desde a sua génese. O linguista contesta que a nova ortografia seja «um fracasso» e afirma que o trabalho de ratificação está a ser feito, considerando que «não se deve mexer no que está feito», com o seguinte argumento: «Se está em vias de aplicação em todos os países, porque é que agora vamos rever, criar mais um empecilho para se conseguir a unificação ortográfica? É contraproducente. Do ponto de vista da política da língua não é conveniente.»