É bem verdade que o chamado Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação – no original, em inglês, International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) – é de raiz norte-americana, com sede em Washington. Mas do mesmo modo que, e bem, é em português que ele é noticiado nos media portugueses, qual a razão de grande parte deles preferir o contrário, quando se escreve e se fala do escândalo fiscal por ele revelado? Porquê Panama Papers, como o fazem, por exemplo, o Expresso, o Público, a RTP e a SIC – e não Papéis do Panamá, como preferem, e bem, a TVI, o Correio da Manhã, o Diário de Notícias ou o i, por exemplo?1
1 Documentos do Panamá é outra boa solução, como optaram o Jornal de Notícias ou a TSF. Já em Espanha, como sempre, o primado vai sempre para a versão no idioma nacional: Los papeles de Panamá (El País, no seguimento da recomendação da Fundéu BBVA). Ao contrário do que acontece em Portugal – onde, por regra, nem se tem em conta que se escreve e fala para leitores, ouvintes e telespectadores... portugueses. Se até já há um assim chamado... News Museum!...