O uso generalizado – e correto – é mesmo «é preciso esforço, concentração e pensamento», sem haver concordância, como se o verbo ter tivesse sido omitido: «é preciso (ter)...»
E. Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro, 2002, p. 551) aceita e descreve este uso:
«Com expressões do tipo "é necessário", "é bom", "é preciso", significando ´é necessário`, o adjetivo pode ficar invariável, qualquer que seja o gênero e o número do termo determinado, quando se deseja fazer uma referência de modo vago ou geral. Poder-se-á também [...] fazer normalmente a concordância:
"É necessário paciência."
"É necessária muita paciência."
"O fato de ter sido precisa a explicação."
"Eram precisos outros três homens" [...]
[...] [A] flexão de "necessária(s)" é mais freqüente que a de "precisa".»