O consulente sugere que a toponímia da rua em questão só é analisável como uma estrutura passiva – daí ressaltar a «Pátria assassina». No entanto, deve encarar-se morto como um particípio usado adjetivalmente, visto que o particípio curto do verbo morrer aparece como atributo do substantivo combatentes, adjetivando-o. Nesta sequência, «pela Pátria» não é o agente da passiva mas, sim, um modificador que desempenha a função sintática de qualificar os «combatentes mortos» exprimindo benefício («em benefício», «a favor de»).
Exclui-se assim a hipótese de que a frase possa estar na passiva, legitimando a nossa análise alternativa no conhecimento dos falantes. Agregado ao conhecimento que os falantes têm da história de Portugal, o nome passa a ter o sentido que lhe foi atribuído, explicitando que os combatentes morreram, lutando pela defesa da Pátria.
É importante ressaltar que a toponímia das ruas deve ser breve mas com um sentido lato e objetivo de compreensão das palavras, apesar de esta expressão surgir noutras circunstâncias, nomeadamente em monumentos.