O vocábulo paroxítono emprega-se como substantivo e como adjectivo:
a) Substantivo: «mesa» é um paroxítono.
b) Adjectivo: «mesa» é uma palavra paroxítona.
Todos sabemos que uma palavra paroxítona, também chamada grave em Portugal, é aquela cujo acento tónico recai na penúltima sílaba: mesa, multiplicidade, Maria, caracteres, aziago, etc.
Ouvem-se pronunciar erradamente palavras graves como se fossem esdrúxulas (ou proparoxítonas), como por exemplo: cartomancia, quiromancia, arcediago, ciclope, pudico, tulipa.
Na linguagem da medicina, ouvimos a pronúncia errada de palavras graves como se fossem esdrúxulas, mesmo, até, aos próprios médicos, como por exemplo: alcoolemia, glicemia, assepsia, biopsia, fisioterapia, taquicardia, uricemia, hemoterapia, etc., cujo acento tónico incide no i (penúltima sílaba), e não na vogal anterior, como ouvimos a cada passo.
Há outras, não terminadas em -ia, cuja pronúncia também anda adulterada em muita gente, como se fossem proparoxítonas (ou esdrúxulas): abside, Florida (península da América), Pandora, juniores (plural), esfincteres (plural), Heraclito, clepsidra, etc.
O vocábulo paroxítono provém do grego paroxýtonos, que significa paroxítono, marcado com acento agudo na penúltima. Veio para a nossa língua por intermédio do latim paroxytonu(m).