A sua dúvida aparenta ser mais do foro jurídico do que de português, pelo que possa talvez não ser este o consultório mais habilitado para o esclarecer definitivamente. Se há homicídios involuntários, e se esta expressão não é redundante, é porque também há homicídios voluntários. Portanto, não parece que o carácter acidental da morte referida no seu segundo exemplo seja preponderante para a escolha de uma das palavras em detrimento da outra. Em português, conforme dizem os dicionários, os termos são sinónimos, coincidem nessa ideia de «acto de tirar a vida a alguém». As subtilezas semânticas que decorrem da maneira como esse acto acontece (com intenção ou sem intenção, premeditadamente ou não, com violência ou sem ela, à traição ou nas barbas da vítima) já são diferenças que importam sobretudo aos juristas, que é coisa que não somos.
N.E. O autor escreve segundo a Norma de 1945.