Correio - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Simone Brasil 2K

Estive fazendo um concurso e apareceu a seguinte questão: “Para preservar de maneira geral a higiene pública é determinante proibido: 1. Consentir o escoamento de águas sorvidas das residências para as ruas; 2. Conduzir sem as preocupações devidas, qualquer material que possam comprometer o asseio das vias publicas; 3. Não aterrar vias públicas, com lixo, matérias velho ou qualquer detritos.” Pergunto: posso entrar com um recurso para anular esta questão por motivo de erros de português, tais como concordância verbal ou mal formulada?

Marivaldo Brasil 2K

O que significa a palavra acrónimo?

Pedro Birra
Portugal

   Acrónimo significa o seguinte: palavra formada pelas letras iniciais de várias outras palavras que constituem uma denominação e que se pronuncia como uma palavra normal.
   Suponhamos o seguinte exemplo: três amigos têm, cada um, o seu restaurante: o Solário, o Amigo e o Mónaco. Resolvem juntar-se e fundar um hotel. Depois põem-lhe, por exemplo, o nome de Sol-a-mo.
   Outro caso: ONU – Organização das Nações Unidas; TAP – Transportes Aéreos Portugueses
; OMS – Organização Mundial de Saúde.
   Há uns anos usavam-se as siglas: O.N.U.; T.A.P.; O.M.S., que se liam letra por letra. Por facilidade de leitura, começaram a ler-se como uma palavra única e a escrever-se em acrónimo.
   Veja o que diz José Pedro Machado no Grande Dicionário da Língua Portuguesa
 (Publicações Alfa, 1991), sobre a palavra acrónimo. Aí se indica a sua formação a partir do elemento acro-, proveniente do grego 'akron' (ponta, extremidade) + 'nymos' (nome, palavra). Com o mesmo elemento se formou, por exemplo, a palavra acroartrite – artrite das extremidades. Ou acróstico – poema cujas letras iniciais de cada verso formam um nome (geralmente o da amada do poeta...).

Teresa Álvares/José Neves Henriques 

Paulo Margalhau Portugal 965

Excelente, simplesmente excelente este vosso trabalho. Só tenho pena de que o Estado português não olhe mais para o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa e lhe atribua meios para que a sua projecção seja ainda maior.

Hélio Ramos Aurélio Brasil 1K

   Sou aposentado, mas continuo trabalhando como analista econômico-financeiro.

   Tenho dois filhos no ensino fundamental, e procuro sempre que posso ajudá-los nos afazeres escolares.

   Navegando, descobri este "site", e não poderia deixar de registrar a minha satisfação com o mesmo que, de agora em diante, vai ser o meu ajudante da língua portuguesa.

   Sugiro que vocês façam uma campanha publicitária na televisão, divulgando esse excelente trabalho.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor 3K

Há alguns meses, pedi a V.Sas., os preclaros Consultores do Ciberdúvidas, que me fornecessem uma cópia da Lei portuguesa de 1973, que fez em Portugal uma minirreforma ortográfica, suprimindo alguns acentos gráficos até então usados. Como sempre, me fiz merecedor da atenção dos meus gentis Amigos deste áureo sítio, que me enviaram o seguinte Decreto-Lei: DECRETO-LEI N.º 32/73 DE 6 DE FEVEREIRO1. Com a entrada em vigor das alterações determinadas pela lei n.º 5765, de 18 de Dezembro de 1971, o Governo Brasileiro deu um passo muito importante no caminho da unificação ortográfica, nomeadamente com a supressão do acento circunflexo na distinção dos homógrafos.Efectivamente, e segundo amostragens levadas a efeito pela Academia de Ciências de Lisboa, aquele uso chegava a ser responsável por cerca de 70 por cento das divergências entre as duas ortografias oficiais.2. Em compensação, e enquanto não for seguida em Portugal a norma que determina a abolição do acento gráfico nas subtónicas dos vocábulos derivados com o sufixo -mente e com os sufixos iniciados por z, surgiu – desnecessàriamente – uma nova divergência entre palavras, como «praticamente» e «pràticamente» ou «sozinho» e «sòzinho», grafadas de maneira diversa em Portugal e no Brasil.3. Trata-se de um pormenor de importância secundária, sem correspondência na linguagem falada, e acerca do qual já se pronunciou a Secção de Ciências Filológicas da Academia, propondo por unanimidade que se elimine, naqueles casos, o acento grave ou o acento circunflexo. Também a comissão consultiva para a definição da política cultural, constituída nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 408/71, de 27 de Setembro, emitiu idêntico parecer. Deste modo se aproximarão ainda mais as ortografias seguidas nos dois países. E não será de mais louvar as vantagens das modificações agora introduzidas, já que – também segundo as amostragens realizadas –, graças a elas, as divergências de ortografia baixarão sensivelmente de percentagem.Nestes termos:Usando da faculdade conferida pela l.ª parte do n.º 2 do artigo 109.º da Constituição, o Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, o seguinte:Artigo único. São eliminados da ortografia oficial portuguesa os acentos circunflexos e os acentos graves com que se assinalam as sílabas subtónicas dos vocábulos derivados com o sufixo -mente e com os sufixos iniciados por z. Promulgado em I de Fevereiro de 1973. Porém, como V.Sa., prezado Consultor, poderá observar, a data da promulgação (publicação oficial) aparece como sendo 1 de fevereiro de 1973, o que me parece estranho, pois sendo a Lei de 6 de fevereiro de 1973 (data da sanção), não poderia ter sido promulgada seis dias antes de ser sancionada. Aliás, é de se notar que no lugar do algarismo 1 de 1 de Fevereiro, aparece um ele minúsculo, o que reforça a minha suspeita de que a data da promulgação esteja errada. Vossa Senhoria poderia verificar se a data da promulgação dessa Lei seria esta mesma, ou seja, de 1 de fevereiro de 1973, e depois me comunicar? Queira notar que também faltam os nomes e os cargos das autoridades das portuguesas que sancionaram o sobredito Decreto-Lei. Quanto a isto, poderia V.Sa. esclarecer-me? Necessito de informações exatas e completas, pois estas se destinam a uma apostila que estou redigindo. Na certeza absoluta que merecerei de novo a atenção de V. Sa., então, desde agora, agradeço-lhe de forma penhorada.

D´ Silvas Filho 3K

Cibernota - Na minha resposta anterior sobre o assunto dos parênteses seguidos, apareceu um erro dactilográfico/datilográfico que me parece oportuno sublinhar, para alertar os nossos consulentes que usam corrector/corretor ortográfico. `Estresse´, grafia brasileira, não estava incluído nos termos do meu corrector/corretor, por não ser usual no português de Portugal, e o computador sublinhava essa ausência.

   Ora, na citada resposta, enganei-me e escrevi `estressse´ (com três ss seguidos). Claro que a máquina igualmente sublinhou; mas, embora eu preste sempre atenção à `revisão do texto´, feita pelo computador, antes de dar o trabalho por concluído, neste caso fui iludido pelas `minhas ligações cerebrais ao facto/fato de que o sublinhado era natural em `estresse´.

   Lembro que este fenómeno/fenômeno pode acontecer, não só nas variantes da língua não existentes no programa, como em palavras estrangeiras. Podemos estar a escrevê-las com grafia errada, sem que o sublinhado nos alerte para esse facto/fato.

   Há dois processos de evitar estes lapsos: introduzir no dicionário pessoal as palavras que possam surgir e não façam confusão (a variante estresse já foi para o meu), ou prestar sempre cuidadosamente atenção a todos os sublinhados. Vou adoptar/adotar a partir de hoje esta segunda solução, pois que, quanto aos termos estrangeiros frequentes/freqüentes, não me agrada nada tê-los nos dicionários pessoais da nossa língua. O meu objectivo/objetivo é, nos termos estrangeiros, ser alertado para a necessidade de aspas ou itálico. Inclusivamente, se o corrector/corretor inclui alguns destes termos, registo-os imediatamente no dicionário de exclusão (ex.: o meu inclui: «software, hardware», mas passou a sublinhá-los também, porque mandei o programa excluí-los).

   Cumprimento todos os companheiros,

Miguel R. Magalhães Portugal 1K

   Parabéns ao Ciberdúvidas por divulgar tantos dos artigos publicados sobre o assunto. Espero que a polémica seja encarada pelos responsáveis da feitura do dicionário como contributos positivos e que corrijam as falhas apontadas, tanto no futuro CD-Rom como nas futuras edições em papel. Contudo, temo que não seja assim, pois na vida pública portuguesa os argumentos raramente valem por si.

    A Academia das Ciências deveria olhar de frente para o seguinte dilema: ou ouve e considera o que lhe dizem as (poucas) pessoas intervenientes nesta matéria, ganhando assim autoridade para o trabalho realizado, ou tudo continuará como dantes, isto é, estaremos apenas perante "mais um dicionário".

António Lourenço Portugal 1K

Muito obrigado pelo vosso site! O Ciberdúvidas é um dos melhores sites que existem na Net. Sem exagero, nem encómio! Presta à língua portuguesa um benefício enorme, porque fundamentado, claro, objectivo e sumamente honesto e imparcial. Recorro a ele quase todos os dias para saber as possíveis dúvidas de quantos gostam de aprender português. Não tenho vergonha de o confessar. Ter dúvidas e procurar resolvê-las, a quem é mestre e especialista, é sinal de humildade e de sabedoria, porque aprendemos uns com os outros. O meu muito obrigado a todos quantos trabalham neste site. Continuem!

Pedro F. Múrias Portugal 2K

Quero sinceramente agradecer a resposta de José Mário Costa à minha «discordância» quanto a uma sua resposta anterior. Discordância que, no fundo, versava apenas o uso de certa palavra. Acrescento que também sou muito crítico (no meu «amadorismo») quanto a várias opções do Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, especialmente as indicadas por José Mário Costa, embora me pareça que, noutros pontos, o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa também merece elogios. E aproveito para felicitar de novo o Ciberdúvidas pelo excelente trabalho realizado.

Bárbara Pereira Fernandes Brasil 1K

   Gostaria muito de saber da vida, as obras, os fatos de Mário de Andrade, pois estou fazendo um trabalho de português sobre ele. Se puderem por favor me mandem as imformações que souberem sobre ele (textos).