Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 709

Passei para minha amiga revisora de textos um documento de texto, contendo um informativo de divulgação dos livros da Saga Confusões Conjuntas (17 livros principais de comédia dramática, pastelão e maluca e um livro complementar de minha autoria).

No caso, tinha escrito: «dezessete livros principais» (por extenso), e ela trocou por algarismos, passando para mim esta referência aqui no caso.

Minha dúvida é: por quais motivos numerais com até duas sílabas devem ser escritos por extenso, enquanto numerais com três ou mais sílabas devem ser escritos com algarismos?

E por que o numeral cem (100) é uma exceção à regra também?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo) , Brasil 752

Navegando pelas versões em inglês da Wikipédia e Wikcionário, encontrei algo sobre a «quarta pessoa gramatical».:

Minha dúvida é: esse conceito, ele poderá ser aplicável em português? Poderemos assumir a existência do termo «quarta pessoa gramatical» em nosso idioma?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

José Saraiva Leão Estudante Ciudad del Este, Paraguai 497

É correto dizer «coisa na qual me lembro de que pensava»?

E é errado «coisa em que me lembro de que pensava»? Trata-se de um erro sintático ou eufónico?

E quanto a «coisa na qual me lembro que pensava?» É correta?

Muitíssimo obrigado.

João Estêvão Estudante Brasil 515

 Não há consenso perfeito entre os gramáticos de nosso idioma (e de idioma algum, creio eu). Há, por exemplo, certo debate quando ao plural de certos substantivos compostos. A minha dúvida é a seguinte: como devemos proceder em tais casos?

Há matérias em que basta recorrer ao parecer do autor com mais autoridade para saber a posição correta (ou ao menos mais segura), mas me parece dificílimo definir qual dos entendidos mais célebres de nosso idioma (Napoleão Mendes de Almeida, Celso Cunha, Rocha Lima, Cegalla, Manuel Said AliBechara etc.) possui maior autoridade. Basta aderirmos ao julgamento do autor de nossa preferência? Ou pode ocorrer deste ou daquele gramático ter uma posição errada? E caso possa haver equívoco por parte de um autor, como podemos saber quem está correto?

Obrigado.

Dina Moura Professora Emmenbrücke - Luzern, Suíça 581

Antes de mais, muito obrigada pela utilidade gigantesca desta página.

Uma vez que a palavra frio pode funcionar como adjetivo e nome, estou com dúvidas na construção desta frase comparativa:

Hoje está tanto/ tão frio como ontem.

Deve usar-se tão ou tanto? E será preferível utilizar quanto em vez de como?

Muito obrigada.

Aléxi Dinn Professor Moscovo, Rússia 562

Esclareçam-me uma dúvida lexical, que é sobre qual é a origem do famoso berro dos arrumadores [em Portugal]:

«..."troce" tudo, agora "destroce" para o outro lado, vá a direito ....»

Se estes "troce", "destroce" são mesmo as conjugações de troçar e destroçar? Assim sendo, nenhum dicionário traz esse sentido de nenhum desses verbetes.

Obrigado.

 

Florence Caudrillier Reformada Camon, França 425

Sou francesa e ando a estudar português.

Não sei bem como pronunciar a terminação "ie" em palavras como superfície, calvície, cárie, lingerie.

 É a mesma pronúncia que a terminação "i" nas palavras aqui, javali, táxi, álibi?

Devemos ouvir um pouco a letra e? Ou a pronúncia do i em ie é mais longa por causa do e final?

Ou a pronúncia do i e do e em ie são diferentes se o i for tónico ou átono?

Muito obrigada pela sua resposta e disponibilidade.

Eduardo Rodrigues Professor do ensino secundário Lisboa , Portugal 450

«Por mais bondoso que seja, ele não dá a camisa» pode-se dizer também assim «por mais bondoso, não dá a camisa»?

O site da Inteligência Artificial da Google (Gemini) diz que se pode "informalmente" e aparece na literatura. Que exemplos ?

Obrigado

Laurinda Fernandes Professora Vila Nova de Famalicão, Portugal 767

São várias as páginas do Brasil que apontam a utilização pronominal de «o mesmo» como sendo errada, conforme acontece em frases do género:

«O rapaz faltou à escola, porque o mesmo está doente.»

ou em posição final na frase, substituindo algum sintagma antecedente.

Ora, pelas diversas respostas disponíveis na vossa página, não há menção clara de que este tipo de construção seja errada.

Gostaria de perceber o que está errado: a explicação do Brasil ou aquela fornecida em Portugal?

Grata pela vossa ajuda.

Patrícia Sanches Vendedora Faro, Portugal 510

De uma forma muito resumida, costuma-se dizer que a forma simples do gerúndio indica uma ação em curso e a forma composta, por sua vez, indica uma ação concluída antes da ação expressa na oração principal.

No entanto nestas duas frases, as duas formas do gerúndio parecem indicar o mesmo tempo, posterioridade à ação expressa na oração principal:

Gerúndio simples: «Lendo o livro, podes sair.»

Gerúndio composto: «Tendo lido o livro, podes sair.»

Na minha leitura, as duas têm o valor de futuro. Está certa a leitura?

É uma particularidade das orações que exprimem a ideia de condição? Poderia dar-me outros exemplos de frases em que as duas formas têm o mesmo valor?

Obrigada.