Os tempos naturais, como lhes chamam Cunha e Cintra na Nova Gramática do Português Contemporâneo, são três: presente, pretérito (passado) e futuro. Destes três, apenas dois, pretérito e futuro, se conjugam como tempos compostos. Por essa razão, os tempos que apresenta não pertencem ao presente mas sim ao pretérito prefeito composto do indicativo.
Dizem-nos as gramáticas que, no caso do tempo em causa, ou seja, no pretérito perfeito composto do indicativo, o auxiliar pode ser ter ou haver (raro). Dizem-nos também que o auxiliar está no presente e o verbo principal no particípio passado, independentemente de o auxiliar ser ter ou haver (embora haver tenha caído em desuso).
Assim, se substituirmos o presente do verbo ter e colocarmos o presente do verbo haver, teremos o pretérito perfeito composto do indicativo, conjugado com o verbo haver:
«(Eu) hei estudado demais ultimamente.»
«Ela há feito de tudo para passar no vestibular.»
«Não hemos (havemos) conseguido estudar tanto quanto gostaríamos.»
«Já que vocês hão se comportado muito bem, merecem um prêmio.»