A forma "cheferia" não se encontra dicionarizada, mas é verdade que ocorre em textos publicados no Brasil e relativos à organização sociopolítica de comunidades não europeias, sobretudo em África. Uma ocorrência deste termo surge definida em nota na tradução brasileira da obra de Marc Ferro, Le Livre Noir du Colonialisme (O Livro Negro do Colonialismo, Rio de Janeiro, Edições Ediouro, 2004):
«Chefaria ou cheferia: sistema social baseado na autoridade e no estatuto superior de um chefe consuetudinário, geralmente o patriarca de uma família.»
Entre chefaria e cheferia, deve preferir-se a primeira forma, porque -aria é o sufixo tradicionalmente recomendado.1
1 A tradição gramatical favorece -aria, mas o Dicionário Houaiss observa que esta forma nem sempre se pode sobrepor a termos terminados em -eria: «[...] [-eria] vem sendo objeto de rejeição didática purista, mas apresenta uns casos em que o suf. -aria , ver, canônico poderia ser fonte de ambigüidade, como em bateria, galeria, sobranceria [...].»