Num mundo globalizado, cada vez mais se recomendam siglas internacionalmente estabelecidas. Não faz sentido adaptar siglas que estão generalizadas na linguagem técnica, pois corremos o risco de baralhar essa linguagem e até de não sermos entendidos.
Concordo consigo. Devemos proteger a língua da adulteração da sua índole, mas sem pruridos conservadores, que nos dificultem a comunicação na Aldeia Global. Aliás, nas nossas normas ortográficas em vigor (e no novo acordo), essa abertura está consagrada em casos especiais: «Devem-se manter acentos e letras originais nas palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros».
Pessoalmente, prefiro NATO a OTAN, DNA a ADN, etc.
Já o mesmo não digo das reduções que entraram no léxico como legítimas palavras da língua e se podem escrever em minúsculas, às quais eu chamo então acrónimos (as siglas, sempre escritas com as letras todas maiúsculas, são para mim siglemas quando formam palavras [ex.: PALOP], e siglóides, quando soletradas letra a letra [BCP]). São acrónimos no léxico, por exemplo: óvni, sida, sonar.
No entanto, se tivesse de me referir à sida num texto não confinado ao país, escreveria mesmo AIDS (sigla até usual no Brasil).
Termos do novo acordo para Portugal: sigloides.