Nenhum dos instrumentos linguísticos de referência consultados (portugueses ou brasileiros) acolhe os vocábulos sugeridos – sensorização ou sensorialização.
Contudo, e no que diz respeito ao primeiro termo – sensorização –, será bastante comum encontrá-lo, por exemplo, em trabalhos do foro académico relacionados com a área da engenharia eletrotécnica, ou da engenharia de sistemas e computadores, o que confirma a suspeita evidenciada pelo estimado consulente.
Relativamente à segunda palavra elencada – sensorialização –, podemos notar que a expressão «princípio da sensorialização» surge bastas vezes enquadrada em contextos académicos relacionados, por exemplo, com investigações na área do tempo e da memória. Este termo – «princípio da sensorialização» –, tal como se pode ler neste trabalho da autoria da professora Norma do Carmo, investigadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), abarcará o conjunto dos cinco sentidos comummente referenciados: a visão, a audição, o olfato, o paladar e o tato, o que me parece ser compatível com as expetativas do consulente.
Por outro lado, e não querendo entrar em polémicas relacionadas com aspetos técnicos, valerá talvez a pena dizer que o termo perceção/percepção poderá eventualmente estabelecer uma relação de sinonímia com o vocábulo sensorialização. Repare-se, por exemplo, nas seguintes definições propostas pelo Dicionário Houaiss e pela Infopédia:
«Faculdade de apreender por meio dos sentidos ou da mente; consciência (de alguma coisa ou pessoa), impressão ou intuição, especialmente moral»;
«Tomada de conhecimento sensorial de objetos ou de acontecimentos exteriores».