No Ciberdúvidas existem respostas anteriores (ver Textos Relacionados, ao lado) que favorecem as formas Sampetersburgo (cf. Rebelo Gonçalves, Vocabulário da Língua Portuguesa, 1966) e São Petersburgo. Sobre esta última forma, diga-se, contudo, que Rebelo Gonçalves a considerava «de estrutura defeituosa» pelas razões que expôs no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, que a Academia das Ciências de Lisboa publicou em 1940 (mantivemos a ortografia original):
«Sampetersburgo. Assim deve escrever-se o velho nome da antiga capital da Rússia, ao qual se seguiram Petrogrado e Leninegrado.
Escrito São Petersburgo (ou abreviadamente, S. Petersburgo), tem a desvantagem de deixar saliente, após o elemento São-, uma parte que destoa, pela estrutura, dos nossos topónimos compostos dêsse elemento e de um nome do hagiológio. O inconveniente remedeia-se trocando a forma São- pela sua cognata (Sã-) e aglutinando esta à segunda parte, sob o modêlo, por exemplo, de Sampaio = Sã-Paio [...].»
Observe-se que, apesar dos bons argumentos que defendem a forma Sampetersburgo como mais adequada, não foi esta que se impôs na atualidade, ocorrendo com muito mais frequência São Petersburgo (sem hífen), quer no uso da comunicação social quer mesmo em instrumentos normativos (p. ex., na versão impressa do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, que a Porto Editora publicou em 2009).