Em ambos os contextos, qualquer uma das frases apresentadas está correta e é possível ocorrer.
Em registos informais de língua oral e na língua escrita corrente pouco formal, é possível, em português, ocorrerem enunciados em que o pronome reflexo pode estar omitido, como ilustram os exemplos (1) e (2).
(1) Quer sentar?
(2) Posso sentar aqui?
Note-se, contudo, que estas estruturas são só aceitáveis quando o contexto discursivo assim o permite, como são os contextos referidos pelo consulente, num autocarro para oferecer a alguém o meu lugar ou num restaurante para pedir permissão.
Num registo formal, quer oral quer escrito, é preferível o uso de estruturas em que o pronome está realizado como, por exemplo, em (3) e (4).
(3) Quer sentar-se?
(4) Posso sentar-me aqui?
Nestes dois exemplos, os pronomes se e me são pronominais reflexos. O pronome reflexo (ou recíproco) pode desempenhar a função sintática do argumento interno exigida pelos verbos transitivos diretos (complemento direto) ou pelos verbos transitivos indiretos (complemento indireto). Em português, é aceite, em determinadas situações, omitir estes complementos. Neste sentido, pode-se considerar que o português é uma língua de objeto nulo.