Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, pág. 329) fala em que excessivo como um transpositor (ou seja, uma conjunção) que se acrescenta a um expressão de sentido temporal, dando o seguinte exemplo:
(1) «Desde aquele dia que o procuro.»
Aceitando que «faz dois anos» tem valor temporal, funcionando como uma expressão adverbial, diremos que o que em «faz dois anos que eu estudo aqui» é igualmente um que excessivo. Saliente-se que esta partícula só ocorre à cabeça da frase; quando a expressão temporal vem depois do predicado da oração, dá-se a sua supresssão:
(2) «Eu estudo aqui faz dois anos.»
(3) «Procuro-o desde aquele dia.»