Sim, o modo conjuntivo não tem pretérito perfeito simples, mas sim composto, que tem, de facto, valor perfectivo, quer se refira ao passado quer ao futuro.
- Não me parece que a Maria já tenha chegado a casa. (Passado em relação ao presente).
- Talvez que a Maria já tenha chegado a casa, quando o marido regressar. (Passado em relação a uma acção futura).
Quanto às frases apresentadas, seria conveniente que estivessem inseridas num contexto para se ver e compreender melhor a situação. É possível, pois, que o nosso consulente não esteja inteiramente de acordo com uma ou outra das respostas que seguem. Mas não tem importância, porque o Ciberdúvidas continua à disposição. O que é conveniente é inserir a frase num contexto, ou então explicar a situação.
Vejamos as frases:
- a. – Correcta.
b. – Incorrecta. Diga-se, conforme a situação:- A Maria não dizia que os amigos tivessem comido na casa dela. (Melhor: em sua casa).
- A Maria não diz que os amigos tenham comido na casa dela. (Melhor: na/em sua casa).
- a. – Correcta.
b – Incorrecta. Diga-se correctamente, conforme a situação:
a. Eu não achei que o José tivesse bebido todo o vinho da garrafa.
b. Eu não acho que o José tenha bebido todo o vinho da garrafa.
Nas frases 3a e 3b, não é correcto empregar o verbo ter. Empregue-se o verbo haver. - a. – Correcta, mas com verbo haver:
Ciones lastimava que houvesse fome no mundo. - b. – Incorrecta. Diga-se:
Ciones lastima que tenha havido fome no mundo. - a e 4b. – A segunda oração é causal; por isso não pode ser introduzida por que, mas sim por porque, visto que, etc. Digamos correctamente:
[Nós] ficámos tristes, porque eles tinham roubado o banco. - a. e 5b. – O verbo gostar pede a preposição de: Eu gosto de pão/de cerveja, etc.
Não digamos jogar carta, mas jogar as cartas. Frase correcta:
Ele gostaria de que jogássemos as cartas com os rapazes.
Nota. – Na linguagem corrente, menos cuidada, não raro se omite a preposição de: Ele gostaria que... - a. – Digamos correctamente:
Ele teria gostado de que jogássemos as cartas com os rapazes.
b. – Incorrecta.