- Julgo que se refere ao e e ao o das palavras que aponta. As palavras seguintes têm e fechado (ê): colher (como todos os verbos em -er no infinitivo), bode (o e final sem acento é sempre mudo), o 1.º e de esperto, o e final de norte, de corte, sete, febre, garçonete; o de relógio também é mudo. Pronunciam-se como u os o finais, p. ex. de óptimo, novos, quero, México, etc. O o de senhora é fechado (ô) na pronúncia normal ou padrão, o de José soa de u, bem como os de colega, moqueca. Corte tem o aberto, como substantivo, nas acepções de "acção de cortar" e "aprisco", mas fechado (ô) na de "paço (real)".
- Tal regra não existe, porque seria completamente falível. Normalmente são a etimologia e o uso que ditam as ordens, e, quando não é exigido o acento agudo, tem de se fixar a pronúncia das vogais. Quanto ao e por exemplo, com as suas três pronúncias em Portugal (aberto, fechado e mudo) e duas no Brasil (aberto e fechado), tem de se decorar (e exemplificando) que em ele (pronome) o 1.º e é fechado e o segundo mudo (em posição final, e sem acento gráfico, não poderia ser aberto nem fechado), que em aberto é aberto, mas em aperto é fechado (ê) quando se trata de substantivo, e aberto como particípio passado do verbo abrir; etc., etc.