O hífenes estão correctos. A estrutura em análise é constituída por um substantivo seguido de outros que funcionam como aposto de especificação. Este é caracterizado como um aposto sem pausa (isto é, não separado por vírgula) que especifica ou individualiza um termo genérico (neste caso, eixo), à semelhança do que acontece, por exemplo, em «eixo Lisboa-Porto».
Se este constituinte apositivo for formado por uma série de substantivos justapostos, convém marcar a sua coordenação com um hífen, como se se tratasse de um composto de substantivos (por exemplo, tenente-coronel, comboio-fantasma). Sendo assim, em vez de escrever ou pronunciar sequências como «eixo definido pelo hipotálamo, pela hipófise e pelas (glândulas) supra-renais» ou «eixo do hipotálamo, da hipófise e das supra-renais», pode-se reduzir a complexidade dessas estruturas suprimindo as marcas de relação gramatical: em primeiro lugar através da simples adjunção do aposto especificativo; depois apagando as marcas sintácticas ou entoacionais de coordenação e substituindo-as por hífenes. O hífen permite, portanto, formar expressões elípticas que têm carácter pontual e não precisam de estar dicionarizadas.