Pelo menos, desde o século XVI que se usa a palavra género no plural para designar produtos principalmente destinados à alimentação.
É provável que géneros tenham adquirido este sentido subentendendo, por exemplo, hortaliça ou outra designação de produto agrícola, como acontece de forma explícita no seguinte exemplo:
(1) «Também tem uma vinha que dá boas uvas, os melões se dão no refeitório quase meio ano, e são finos, nem faltam couves mercianas bem duras, alfaces, rabãos e outros géneros de hortaliça de Portugal em abundância [...].» (Fernão Cardim, Carta de relação da viagem e missão a Província do Brasil, 1590, in Corpus do Português).