Cunha e Cintra, na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (17.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 2002), incluem a palavra hipersensível na lista de exemplos dos superlativos que se «pode[m] formar também [...] com o acréscimo de um prefixo ou de um pseudoprefixo, como arqui-, extra-, hiper-, super-, ultra-, etc.» (p. 260).
Se tivermos em conta os dois tipos de formação do grau superlativo absoluto, verificamos que: o sintético é «expresso por uma só palavra [que, na sua grande maioria, é formada pelo] adjetivo + sufixo)» (idem, p. 258), distinguindo-se do analítico por este ser «formado com a ajuda de outra palavra, geralmente um advérbio indicador de excesso – muito, imensamente, extraordinariamente, excessivamente, grandemente, etc.» (idem). A partir destes dados, apercebemo-nos de que hipersensível parece tratar-se de um caso de superlativo absoluto sintético, apesar de se ter formado com um prefixo (hiper-) + adjetivo, e não com adjetivo + sufixo.