Para designar uma peça de roupa, a palavra pólo ou polo1 surgiu em português por empréstimo do inglês, mas a sua origem é oriental, como se observa no Dicionário Houaiss:
«ing[lês] polo (1872) 'id.', de orig[em] asiática [...].»
O Online English Etymology indica que a palavra tem proveniência anglo-indiana, tendo sido recebida do balti (língua tibetana do vale do Indo) polo, «bola», relacionada com o tibetano pulu, «bola». Trata-se de um desporto que nasceu no Sul da Ásia; o termo pólo é assim uma redução de polo-shirt, ou seja, «camisa de pólo» ou «camisa para jogar pólo».
Quanto aos anglicismos que inçam o campo lexical do vestuário em português, diga-se que o campo lexical do vestuário se mostra sempre vulnerável à introdução de empréstimos. Já na Idade Média, o português tinha palavras árabes para referir peças de vestir e acessórios: albornoz, aljuba, algibeira, ceroulas. A partir do século XVIII, o francês invadiu o domínio em apreço: blusa, cachecol. Os anglicismos não são recentes, tendo sido muitos deles introduzidos por via do francês (caso de pulôver) .
1 Em Portugal, a palavra escrevia-se com acento diferencial à luz do Acordo Ortográfico de 1945. Com a adopção do Acordo Ortográfico de 1990, a palavra passará a polo, sem acento.