Contrariamente ao que se possa pensar, violão não é o aumentativo de viola, porque se trata de um instrumento distinto desta, um «instrumento grande de seis cordas muito utilizado para acompanhar a guitarra portuguesa ou a viola» (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, 2004 e 2010).
Portanto, como não encontrámos nenhum registo na bibliografia consultada de aumentativos do substantivo/nome violão, poderemos recorrer ao processo de formação do aumentativo (sinteticamente) previsto pelos gramáticos, que consiste no emprego dos sufixos aumentativos especiais usados em português: -(z)ão, -(z)arrão, -aça, -uça, -ázio, -anzil, -aréu, -arra, -orra, -astro, -az, etc. Teremos, assim, várias formas de aumentativo, como, por exemplo:
Violão: violãozão; violãozarrão.
No entanto, e talvez devido à preocupação de se evitar a repetição de sons em -ão, parece ser mais comum usar-se a forma analítica do aumentativo, que consiste na junção de um adjetivo que indique aumento, como grande ou enorme: «um grande violão»; «um enorme violão» ou «um violão enorme».