Paul Teyssier, no seu Manual de Língua Portuguesa (Coimbra, Coimbra Editora, 1989, pág. 89), diz que o sufixo aumentativo mais importante é -ão, que «[...] é ainda produtivo (sobretudo no Brasil), isto é, o locutor pode formar livremente, sobre um dado radical, um aumentativo em -ão». Por conseguinte, em princípio, o aumentativo sintético de ónibus será "onibusão". Em alternativa, pode-se recorrer a um aumentativo analítico, isto é, empregando o susbtantivo com um adjectivo que indique aumento (cf. Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Edições João Sá da Costa, pág. 199): por exemplo, «ónibus grande», «óbus enorme».
De assinalar que o aumentativo se escreve com -s-, uma vez que o sufixo -ão se liga directamente à palavra, à semelhança do sufixo diminutivo -inho com palavras terminadas em -s: português > portuguesinho. Não se deve, portanto, confundir a terminação -são ou -sinho com as formas -zão e -zinho: pé > pezão, pezinho.
N. E. (6/1/2017) – A forma ônibus (no Brasil)/ónibus (em Portugal e nos PALOP e Timor-Leste) corresponde a uma palavra esdrúxula, ou seja, a uma palavra que tem acento tónico na antepenúltima sílaba. A relação entre ônibus e omnibus explica-se pelo facto de o elemento de composição omni-, que se conserva no português de Portugal (omnipotente, omnisciente), passar a oni- na variedade brasileira (onisciente, onipotente). Outro caso em que, no português do Brasil, a sequência -mn- passa a -n- é o de anistia, que em Portugal é sempre amnistia (ler aqui).