Com base na análise gramatical das construções com fácil (ou difícil ou impossível) (Gramática do Português, pág. 1940), a preposição de não deve figurar na frase em causa: «Sei que ficaria mais fácil escrever um texto que se lesse.»
Na frase em questão, a forma verbal «sei» seleciona um complemento direto realizado como oração subordinada substantiva completiva finita: «... que ficaria mais fácil escrever um texto que se lesse.»
Nesta oração, o predicado é «ficaria mais fácil» e o sujeito é a sequência «escrever um texto que se lesse», uma oração subordinada substantiva completiva de infinitivo. A ordem de constituintes da oração completiva finita está invertida (ordem inversa), uma vez que o predicado «ficaria mais fácil» vem antes do sujeito. Tanto na ordem inversa, como na ordem direta, a sequência «escrever um texto que se lesse ficaria mais fácil» não pode ser introduzida pela preposição de: *«... ficaria mais fácil de escrever um texto que se lesse», *«de escrever um texto que se lesse ficaria mais fácil» (o asterisco indica incorreção).
A preposição de só seria utilizada se a frase estivesse conforme a construção com valor passivo «alguma coisa ser fácil/difícil/impossível de» + infinitivo: «Este é um texto fácil de escrever» (= «este é um texto que é escrito facilmente»). Não é o caso.