Os cientistas que estudaram o novo AO resolveram uniformizar foneticamente as sequências consonânticas. Assim, consegue-se mais facilmente saber se a consoante se escreve ou não: cai se for muda na pronúncia. Por exemplo, em Portugal, deve escrever-se estupefacto porque o c se pronuncia, mas estupefação porque nesta palavra já não se pronuncia o c. Deixa-se à memória auditiva da palavra o encargo de escolher no contexto se a vogal é aberta ou não, como se faz em colher substantivo e colher verbo.
A solução não é perfeita, pois o contexto nem sempre ajuda na distinção, e há o risco de retorno da grafia sobre a fonia. Tem ainda o inconveniente de haver necessidade de duplas grafias nalgumas palavras, quando não há uniformidade de fonia no universo da língua (ex.: concepção/conceção).