Se recorrermos à sua etimologia — non («não») + sense («sentido») —, de origem inglesa, depreende-se o significado do termo nonsense: «expressão, linguagem ou situação ilógica, absurda, desprovida de sentido ou de coerência.»
Talvez devido ao facto de a literatura e o cinema se moverem no universo da ficção e, às vezes, surgir o absurdo, o insólito e o ilógico, se explique que nonsense seja usado, nos domínios literário e cinematográfico, para designar todo o «filme ou escrito que recorre a elementos surreais, a situações ilógicas ou absurdas» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
Como o fantástico faz parte do universo da criança, é natural que a literatura e o cinema infantis convoquem «elementos surreais». Basta lembrarmo-nos dos filmes de Harry Potter, dos do Senhor dos Anéis...
Relativamente a algum autor que escreva esse tipo de literatura infantil, penso que não será difícil recordarmo-nos de todos os contos ou outras histórias em que se fuja ao real, em que se criem situações ilógicas, para se poder incluir a sua obra nesta área do nonsense.