O nome em questão é escrito Aida em Portugal e Aída no Brasil. Segundo José Pedro Machado (Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa), trata-se de um «nome vulgarizado pela célebre ópera homónima de Verdi, representada pela primeira vez a 24-XII-1871 na Ópera Real do Cairo, a coincidir dom a abertura do canal do Suez».1 Machado observa que «há várias hipóteses sobre a origem do nome», mas nega a hipótese de Leite de Vasconcelos, que considerava o nome uma criação de Verdi; em vez disso, Machado lembra que «há em árabe o nome ´aidâ, relacionado com ´aid, festa religiosa» e «a al-´aid aç-çagū, a festa que segue o jejum do Ramadão». Refere ainda o padre Valdomiro Pires Martins (Nomes de Batismo Canónicos e Profanos. Léxico Onomástico. Petrópolis, 1961), que «cita Aída, funcionário mártir de Ebstorf, germânico, de 880, com festa a 2-II.»
Um site de nomes ingleses (Behind the Name) registra Ayda e a variante Aida, nome da princesa etíope que é protagonista da ópera de Verdi, como adaptações do adjectivo árabe `ayda (ﻋﺎﯿﺪﺓ), «que regressa» e «visitante», assim confirmando a etimologia proposta por Machado.
Por último, uma curiosidade: em Portugal, a grafia e a pronúncia mais correntes do nome próprio é Aida; contudo, o nome e o título da ópera de Verdi pronunciam-se "aída", o que sugere que, neste caso, seria preferível recorrer à grafia Aída.
1 Para Michael Kennedy (Dicionário de Música, Lisboa, D. Quixote), a ópera Aida foi «encomendada pelo quediva do Egipto (mas não como muitas vezes tem sido dito, para a inauguração do canal do Suez ou da Casa da Ópera do Cairo)». O termo quediva significa «título equivalente a vice-rei conferido ao paxá do Egito pelos turcos» (Dicionário Houaiss).