A Língua Portuguesa tem esta característica (e outras) de grande valor, que é a tendência para a distinção entre masculino e feminino, actualmente de muita utilidade, porque a mulher tem agora as mesmas funções que o homem. Há anos atrás, a mulher não tinha a função de juiz. Agora tem; por isso apareceu o feminino juíza. E outros femininos há, que é necessário que se divulguem: governanta, comandanta, arquitecta, adjunta, presidenta, estudanta, hóspeda, serventa, feiranta, negocianta, marida, astróloga, marinheira, alfaiata, ministra, chefa, etc.
A língua francesa não tem esta particularidade. Precisam de femininos e não sabem como formá-los. Não é erro, pois, dizermos juíza presidenta, embora este último vocábulo seja mais de cunho familiar e popular.
N.E. O autor escreve segundo a Norma de 1945.