Alexandre Magno, que viveu no século IV antes de Cristo, chegou com o seu exército até ao vale do rio Indo.
Na Idade Média, toda a região a leste do rio Indo era designada genericamente por Índia.
Antes dos Descobrimentos portugueses, os conhecimentos dos europeus sobre o Oriente e os respectivos habitantes eram muito vagos e sobretudo fantasiosos. Só os caravaneiros da Rota da Seda, da Pérsia e da Arábia é que mantinham a ligação por terra ao Oriente. Por mar, os barcos árabes ligavam o subcontinente indiano ao Egi{#p|}to. Os italianos continuavam o comércio dos produtos orientais na Europa.
Os portugueses, conhecedores da riqueza do comércio italiano, procuraram chegar à Índia por via marítima.
Depois de chegarem ao cabo da Boa Esperança, passaram a designar por Índia todos os territórios que lhe ficam a leste.
Entretanto, Colombo tentou chegar à Índia navegando para ocidente.
Os cronistas das viagens de Cristóvão Colombo referiram os habitantes do continente a oeste da Europa como índios. Mais tarde, Bartolomeu de las Casas escreveu, em defesa dos naturais das regiões ocupadas pelos espanhóis, uma obra denominada Brevíssima Relación de la destrucción de las Índias. Posteriormente escreveu a História General de las Índias.
Não temos conhecimento de os portugueses ou os espanhóis usarem a palavra índio anteriormente à chegada de Colombo à América.
Quando chegaram ao Oriente, os portugueses foram designando os diferentes povos de acordo com as regiões em que estes se encontravam, visto que Índia era uma designação genérica e sobretudo mítica.
Quanto ao uso da palavra índio, fomos influenciados pelos espanhóis.
Como vemos, no século XVI, os espanhóis designavam por Índias os territórios colonizados no continente americano. Só nos finais desse século, depois da União Real na pessoa de Filipe II de Espanha e simultaneamente Filipe I de Portugal, é que os reis espanhóis passaram a interessar-se pelas terras do Oriente. Quando Portugal se separou da Espanha, os espanhóis desligaram-se novamente do Oriente e continuaram ligados às suas colónias da América. Dos antigos territórios portugueses, ficaram apenas com Ceuta porque tinha uma guarnição espanhola.
Outros povos europeus que procuravam tirar vantagens do comércio marítimo organizaram companhias que faziam o comércio nas Índias Ocidentais (ou América) ou nas Índias Orientais.
Como a palavra “indian” é ambígua para os falantes da língua inglesa, tal como “índio” para os falantes de língua espanhola e da língua portuguesa, surgiu no século XX nos Estados Unidos a palavra “amerindian”, traduzida com grande proveito para a língua espanhola como “amerindio” e para a língua portuguesa como ameríndio. Estas palavras identificam nitidamente os descendentes dos naturais do continente americano antes da chegada dos europeus. Por esse motivo, há toda a vantagem na sua utilização.