Antes de mais, há que delimitar a frase que pretende analisar, pois não é claro se é apenas a frase «Acreditem» ou antes duas frases «Acreditem: não sei ser», pois a formulação da pergunta está um pouco confusa. Além disso, o que se pretende com «tipos de sujeito»? Tipos semânticos? Ou se, considerando que as frases em questão são [[acreditem] não sei ser]], há um sujeito comum ou sujeitos distintos? Teremos em conta ambas as análises.
Comecemos por considerar a primeira frase: «Acreditem»; nesta frase, o sujeito não é expresso, mas subentende-se que é «vocês»: «Vocês acreditem.»
Na segunda frase, «não sei ser», o sujeito também é omitido, mas, pela flexão do verbo saber, entende-se que o sujeito é «eu»: «Eu não sei ser.» Sublinhamos apenas que esta frase é no mínimo de aceitabilidade duvidosa, pois falta-lhe qualquer coisa «não sei ser — o quê?», contudo, não sabemos de que contexto foi retirada, e pode ser que faça sentido no contexto em que é usada.
Conclui-se que os sujeitos das duas frases são distintos. Uma forma simples de identificar os sujeitos é ver em que pessoa está conjugado o verbo. Dessa forma, mesmo que o sujeito não esteja expresso, como acontece muitas vezes em português, consegue-se identificar qual é o sujeito pela morfologia flexional do verbo.
Quanto aos tipos de sujeito, ou seja, quanto aos seus papéis temáticos, são ambos experienciadores, pois designam uma entidade que experiencia física e psicologicamente uma propriedade ou relação, concretamente, nos casos acima: acreditar e saber.