Pessoalmente, tenho alguma dificuldade em aceitar, de imediato, a relação que propõe. Talvez por estarmos perante nomes próprios, que nos habituamos a encarar como entidades individualizadas e, raramente, objecto deste tipo de jogo linguístico. Porém, se encaramos Cidade como uma entidade abstracta, ou maior, que englobe, ou se materialize, em cada uma das cidades nomeadas, poderemos considerar que a relação de hiperoníma/hiponímia existe. O mesmo pode ocorrer no caso dos nomes próprios que indica, em relação ao conceito assumido, igualmente, como mais abrangente Mulher. No entanto, tanto em cidade como em mulher, para aceitarmos a relação em causa precisamos de explicitar o nível de análise em que nos situamos, pois Porto, como Coimbra, etc., é uma cidade, do mesmo modo que a Ana, ou a Maria, é uma mulher. Em relação aos nomes, ou melhor, aos nomes próprios, a relação parece-me menos problemática, e consideraria seus hipónimos não só Ana, Maria Carla, como também Porto, Lisboa, Coimbra.