O termo «ser um/andar no pagode» designa uma situação confusa, se bem que também possa designar uma situação divertida, divertimento ruidoso, folia, andar na pândega, fazer vida desregrada de estroinice (Novo Dicionário de Expressões Idiomáticas, António Nogueira Santos).
No Brasil colonial e ainda hoje em dia, o pagode é a designação de um ritmo musical aparentado com o samba e com a música sertaneja. Pode também chamar-se pagode à reunião de sambistas, onde se toca, canta e dança pagode e outros ritmos populares, principalmente samba, com acompanhamento de percussão, cavaquinho, violão, etc. (Dicionário da Língua Portuguesa Séc. XXI, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Sérgio Luís de Carvalho, no livro Nas Bocas do Mundo (2010), propõe uma segunda interpretação. Os pagodes são os templos ou os memoriais budistas. Por não entenderem as atividades religiosas que lá se praticavam, os navegadores lusos poderiam achar as orações uma enorme confusão. Apesar de a primeira interpretação ser mais plausível, existe a possibilidade de o termo pagode ter sido levado para o Brasil pelos portugueses, depois de terem visto os pagodes no Extremo Oriente.