A língua portuguesa tem uma grande plasticidade que lhe permite adquirir sentidos específicos em determinados contextos. É o que acontece com as frases em apreço. No caso da primeira, «Então vais!», ela pode ser exclamativa, equivalendo a «Então sempre vais!», como confirmação de uma situação que estaria em dúvida. Mas pode também ser imperativa, no caso de uma decisão depender da opinião, ou intervenção, de terceiros. Aí equivaleria a algo próximo de «Se depender de mim, vais».
No caso de «Nem penses!», parece-me haver sobretudo a forma imperativa, pois estamos perante uma expressão equivalente a um rotundo não, que poderá equivaler a «Não faças isso».