A escolha dos pronomes pessoais não é aleatória. O uso de um ou de outro pronome depende da função sintáctica que o mesmo desempenha na frase.
Por exemplo, em posição de sujeito, devemos usar um pronome pessoal na forma nominativa: eu, tu, ele…; em posição de complemento directo, um pronome pessoal na forma acusativa: -me, -te, -o…; em posição de complemento indirecto, um pronome pessoal na forma dativa: -me, -te, -lhe…
Com preposições, devemos usar as formas oblíquas tónicas mim, ti, si…
(1) «Falei de ti.» (*de tu)
(2) «Pensei em ti.» (*em tu)
(3) «Passaste por mim.» (*por eu)
(4) «Compraste isso para mim?» (*para eu)
(5) «Ele senta-se entre mim e ti.» (*entre eu e tu)
Em relação ao verbo preferir, talvez por influência da construção comparativa «gosto mais do que…» se verifique o uso frequente de «preferir uma coisa do que outra». Porém, segundo a norma culta portuguesa, a estrutura correcta é «preferir uma coisa a outra».
Disponha sempre!