Em frases como as da consulta, o substantivo sentido obriga a preposição de. Vejamos as seguintes frases:
(1) Não percebi o sentido das palavras do António.
(2) A primeira parte é mais longa (...) no sentido de que é mais descritiva.
Na frase (1), o substantivo [as] palavras está regido da preposição de, exigida pelo substantivo sentido.
Na frase (2), temos caso semelhante, só que, em vez dum substantivo, temos uma oração substantiva (ou integrante). Por isso, a circunstância é semelhante, uma vez que a oração substantiva tem função de substantivo.
Em conclusão:
compreende-se que a oração substantiva tenha também de ser regida da preposição de.
Quanto a «razão de ou razão de que», vejamos:
(1) (...) pela simples razão de ter sido ele esse personagem (...).
(2) (...) pela simples razão de que foi ele esse pesonagem (...).
Em (1), para suprimirmos a conjunção integrante que, tivemos de empregar o infinitivo ter sido.
Para (2), a explicação é a mesma que se deu anteriormente para de + oração substantiva.