Não se atribui designação especial à função sintáctica de «quando não». O mais que se poderá dizer é que ocorre como conector.
Segundo o Dicionário de Usos do Português do Brasil, de Francisco S. Borba, a expressão «quando não» significa (exemplos retirados da referida fonte):
a) «para não dizer», «senão»
«Eu lia a história de um homem famoso com a maior indiferença, quando não com desprezo.»
«O temperamento irreverente, quando não incendiário, da cantora atrai um público cativo muito pareceido com ela.»
b) «ou então»
«De tardinha, depois da janta, eu ia mais ele à Vila, no Ford que ele tinha e, quando não, a cavalo mesmo.»
«Eu necessito ampliar meu comércio, seja embora em pequena escala. Quando não, observar a marcha dos negócios por lá.»
A interpretação mais adequada à frase apresentada pelo consulente é a que atribui a acepção a) a quando não: «o sangue mouro ou negro correndo por uma grande população brancarana, quando não [= «para não dizer»] predominando em regiões ainda hoje de gente escura.»