Não dispomos de fontes que nos esclareçam as circunstâncias ou o contexto em que a expressão surgiu.
A forma que encontramos registada é «andar ó tio, ó tio», no Dicionário de Expressões Populares Portuguesas (Publicações D. Quixote), de Guilherme Augusto Simões, que lhe atribui o significado de «à procura; de um lado para o outro» e uma versão mais completa – «ó tio, ó tio, passa pra cá barcaça» –, sem esclarecer a razão do aparecimento da expressão (história popular? alguma deixa do teatro popular?).
Orlando Neves (Dicionário de Expressões Correntes, Lisboa, Editorial Notícias, 2000) reitera o sentido dado à expressão por G. Augusto Simões, mas acrescenta-lhe outro: «andar sem posses, a pedir emprestado». António Nogueira Santos (Português – Novo Dicionário de Expressões Idiomáticas, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 2006) também regista este idiomatismo, interpretando-o de maneira sintética como «procurar alguma coisa por todos os lados, recorrendo ao auxílio de outras pessoas».