Não temos uma resposta categórica sobre o assunto.
A forma deste nome ainda não estabilizou e, portanto, há várias possibilidades1, entre elas, Al-Andalus e Al Andalus.
Também se aceita Andaluz, que do ponto de vista filológico tem ampla justificação2, apesar da desvantagem de se confundir com o gentílico correspondente à atual Andaluzia, ou seja, andaluz.
A forma escolhida é a forma que se deve manter ao longo de um mesmo documento.
1 O elemento al, que representa o artigo árabe, pode também ocorrer com letra minúscula inicial: al-Andalus e al Andalus. A forma al-Andalus é frequente em estudos académicos em diferentes línguas, designadamente em francês, por exemplo, nos estudos de Pierre Guichard, Christophe Picard e Cyrille Aillet. Em Espanha, vários investigadores entre os quais se destaca o arabista espanhol Federico Corriente escrevem Alandalus, porque consideram que esta «[...] reproduce exactamente la pronunciación que usaban sus nativos, en lugar de Al-Ándalus, mero cultismo contemporáneo, no exento de pedantería [...]» (F. Corriente, Diccionario de Arabismos y Voces Afines en Iberromance, Madrd, Editorial Gredos, 2002, s. v. andaluz). No âmbito português, José Pedro Machado, no seu Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, regista Andaluz como entrada, mas no respectivo verbete há variação em várias menções do nome (Andaluz, al-Andalus e al-Andaluz).
2 Na Idade Média, o s árabe (representado pela letra sīn – س) convertia-se em ç, tal como aconteceu com açude, ou, por vezes em posição final, z, que é o caso de andaluz. Atualmente, o sīn romaniza-se como s, daí Andalus. Cf. Arnald Steiger, Contribución a la Fonética del Hispano-Árabe y de los Arabismos en el Ibero-Románico y el Siciliano (Madrid, Consejo Superior de Investigaciones Cinetíficas, 1991) e José Pedro Machado, Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa (Lisboa, Livros Horizonte, 1987).
N. E. (17/01/2022) – Completou-se a nota 1.