É verdade que muitos gramáticos consideram que adequar é um verbo defectivo, que se conjuga apenas nas formas arrizotónicas, isto é, nas formas cujo acento tónico recai depois do radical, como são as de 1.ª e 2.ª pessoas do plural:
presente do indicativo: adequamos, adequais
presente do conjuntivo: adequemos, adequeis
imperativo: adequai
O verbo conjuga-se em todos os outros tempos e modos (ver Vasco Botelho do Amaral, Grande Dicionário de Dificuldades e Subtilezas do Idioma Português, 1952).
Outros gramáticos (por exemplo, Rodrigo Sá Nogueira) eram ou são de opinião de que toda a flexão deste e doutros verbos semelhantes pode e deve ser empregada.
Decidir quem tem razão parece-me um tanto arriscado e até estéril, porque a discussão tem por base aspectos de harmonia sonora (eufonia), de limitada objectividade. Moderado é o parecer da investigadora brasileira Maria Helena de Moura Neves (Guia de Uso do Português, pág. 42); sem negar a importância da descrição tradicional, observa:
«[...] em linguagem informal e em alguns órgãos da imprensa usam-se formas rizotônicas [= acentuadas no radical], especialmente adequa. Com o cursor, você pode escolher o ícone que se adequa ao programa.»