Não conseguimos identificar a resposta em causa, mas, de qualquer modo, do ponto de vista normativo, reconheça-se que não tem havido consenso sobre a conjugação de adequar:
«Alguns autores consideram-no defectivo – empregado apenas nas formas arrizotónicas» (João Antunes Lopes, Dicionário de Verbos Conjugados, Coimbra, Almedina, 1995, p. 346, n. 2).
Disso dá conta Maria Helena de Moura Neves, em Guia de Uso do Português (São Paulo, Editora UNESP, 2003; manteve-se a ortografia original):
«[Adequar(-se)] [é] tradicionalmente tido como verbo defectivo. No presente do indicativo e no imperativo afirmativo, só tem as duas primeiras pessoas do plural (formas arrizotónicas, isto é, com sílaba tônica na desinência). Conseqüentemente, não tem o presente do subjuntivo e o imperativo negativo. Em todas as demais formas, conjuga-se regularmente. ♦ No Brasil, as ondas ao longo do litoral do estado de São Paulo se ADEQUARIAM à instalação de patos oscilantes. [...] ♦ Como Sophia, nem Lollo, nem Cláudia foram excepcionais atrizes, simplesmente se ADEQUAVAM aos papéis.
Entretanto, em linguagem informal e em alguns órgãos de imprensa usam-se formas rizotônicas, especialmente adequa. ♦ Com o cursos, você pode escolher o ícone que SE ADEQUA ao programa. [...]»
No Dicionário Houaiss considera-se que «modernamente, as formas rizotônicas ocorrem também com a tonicidade na vogal -u-: ´adequo, adequa. adequas´ etc.»
Em suma, apesar de reservas feitas no passado, aceita-se atualmente que o verbo adequar tenha flexão completa, não sendo, portanto, um verbo defetivo.