DÚVIDAS

A regência do verbo informar

Prontuário de D´Silvas Filho apresenta como erro a construção «informo de que faço...», corrigindo para «informo que faço...». Porém, aponta como incorrectas as construções «informo que...» ou «informo V. Ex.ª que...», substituindo-as, respectivamente, por «informo de que...» e "informo V. Ex.ª de que...».

Como se explicam estas diferenças?

Resposta

Respeito outras opiniões, mas a minha, quanto à regência deste verbo, é a seguinte:

Se não há indicação expressa da pessoa (ou o pronome que a representa) a quem se dá a informação, a regência não tem de (ex.: `informo que faço isto´, em que o verbo funciona como declarativo).

Se há essa indicação expressa, a regência tem de (ex.: `informo a empresa de que´, `informo-te de que´).

Este critério é também seguido no capítulo `Regências e Particularidades´ do Dicionário de Verbos Portugueses da Porto Editora, com os seguintes exemplos: «Informo que vou sair.», «Informei-o de que não aparecia.»

Ao seu dispor,

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa