O Grande Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora regista aloé (e não áloe), mas remete para aloés (termo da área da botânica), e diz que se trata de «grupo de plantas xerófilas, da família das Liliáceas (género Aloe), cultivadas e subespontâneas em Portugal, também denominadas azebres» ou «suco destas plantas». O Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, acolhe aloé, como nome de «insecto himenóptero», e áloe, como alternativa não preferível a aloés, designação da planta e do produto substância já referidos. O dicionário da Academia das Ciências de Lisboa só consigna aloé e aloés.
Em relação a dicionários brasileiros, o Dicionário Houaiss regista áloe, mas, como Machado, chama-lhe «forma não preferível de aloé»; acolhe também o termo aloés e diz que é o «mesmo que aloé». Sobre aloé, variante a que é dada primazia, considera que se trata de «design. comum às plantas do gên. Aloe, da fam. das asfodeláceas (ger. incluído na fam. das liliáceas), que reúne cerca de 365 spp. arbustivas ou arborescentes, ger. xerófilas, de folhas carnosas, freq. denteadas, em densas rosetas; azebre, caraguatá-de-jardim, erva-azebre, erva-babosa [Nativas esp. de Madagáscar, das regiões tropicais do Sul da África e Arábia, e subespontâneas em outras áreas tropicais, algumas são cultivadas para extração de gel e fibras.]»; é também «planta (Aloe vera) com folhas ensiformes e flores tubulosas sobre haste longa, nativa da ilha de Socotorá e das margens do mar Vermelho e mais cultivada para extração do gel, esp. no Caribe e tb. em outras regiões; babosa». De acordo com este dicionário, ainda é «gel (ou sumo) extraído das folhas dessas plantas, esp. de A. vera, us. como catártico, cicatrizante e emoliente, e do qual se extrai aloína; azebre, babosa» ou «fibra extraída das folhas dessas plantas, us. em cordas e esteiras».
Observe-se, porém, que outros dicionários brasileiros não definem uma tendência clara quanto à forma preferida. Por exemplo, o Aurélio XXI, que apresenta as três variantes, dedica a entrada principal a áloe. O Dicionário UNESP do Português Contemporâneo só tem uma forma, aloe.
Em suma, não se pode dizer que haja uma clara distribuição geográfica das formas em causa.