Atualmente, na escrita, aceitam-se as duas formas Job e Jó, conforme prevê o Acordo Ortográfico de 1990, na sua Base I, secção 5:
«As consoantes finais grafadas b, c, d, g e h mantêm-se, quer sejam mudas, quer proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e topónimos/topônimos da tradição bíblica; Jacob, Job, Moab, Isaac, David, Gad; Gog, Magog; Bensabat, Josafat. [...] Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antropônimos em apreço sejam usados sem a consoante final Jó, Davi e Jacó.»
Quanto ao significado etimológico de Job, a origem é claramente hebraica, da forma Īyyōv, embora não haja consenso quanto à palavra ou expressão exatas donde este nome próprio se desenvolveu. Há quem considere que Īyyōv significava literalmente «odiado, perseguido» e vinha de ayyabh, usado no sentido de «ele era hostil (a alguma coisa/alguém) e relacionado com o nome ebhah, «inimizade, hostilidade». Também se defende que o significado original do nome era o de «aquele que é paciente»1.
1 Sobre este assunto, ver o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, e, em inglês, o Online Etymology Dictionary.