Na construção apresentada, é preferível o uso da preposição de antes do adjectivo. De facto, os elementos da frase não se encontram na ordem directa, e o que se pretende dizer é «quando não há nada (de) importante que se dizer».
Em Portugal, a construção mais usada é a do pronome seguido da preposição e do adjectivo (nada + de + adjectivo). Note-se, porém, que, segundo Evanildo Bechara (cf. Lições de Português pela Análise Sintáctica, Rio de Janeiro, Editora Lucerna, 16.ª edição, pág. 76), também é aceitável a construção sem a preposição:
«Nas palavras que exprimem quantidade pode-se usar ou não a preposição; neste último caso, ressalta-se o sentido partitivo: nada novo, nada de novo; alguma coisa extraordinária, alguma coisa de extraordinário; algo doloroso, algo de doloroso.»
Mas neste caso específico, e porque os elementos da frase não se encontram na sua ordem directa, é mais fácil ligar o adjectivo, antecedido da preposição de, ao pronome nada. Desta forma, a frase torna-se mais clara e coesa.