O Dicionário de Provérbios de Roberto Corte de Lacerda et al. (Lisboa, Contexto Editora, pág. 2000), apresenta «À bon entendeur, salut» como provérbio francês equivalente a «a bom entendedor, meia palavra basta». Outras versões são também possíveis em português: «a bom entendedor, poucas palavras (bastam)»; «muito cego é o que não vê através de uma peneira»; «para bom entendedor, piscada de olho é mandado»; «para os entendidos, acenos lhes bastam». Em francês, há também outras versões: «à bon entendeur, peu de paroles» (século XVI); «à bon entendeur, ne faut que une parolle» (séculos XV).
A referida obra permite depreender que quer as versões francesas quer as portuguesas são adaptações de uma frase latina:
«O precedente clássico é o latim dictum sapienti sat est (para o sábio basta uma palavra), que figura em Plauto (Persa, 729) e também em Terêncio (Phormio, 541). Há equivalentes em italiano: a buon intenditor poche parole em em espanhol: al buen entendedor pocas palavras.»