a) «Vi-me grego para...»
b) «Estou morto por...»
c) «Eu cheguei para ele...»
etc.
Cada sequ[ü]ência apresentada acima exemplifica uma unidade fraseológica (designada tradicionalmente por «locução» ou «locução verbal»). Trata-se de combinações que não são formalmente separadas, denominam globalmente um único conceito e, com muita probabilidade, são específicas de um idioma.
A título de experiência, façamos uma comparação. Se em «lavo-me» temos conjugação pronominal reflexa, em «vi-me doido» essa leitura é absurda: é absurdo dizer que a a(c)ção expressa pelo verbo recai sobre o sujeito que a pratica.
A unidade semântica destas expressões invalida a decomposição sintá(c)tica:
a) «Vi-me doido/grego para...» = «Foi muito difícil...»
b) «Estou morto por...» = «Desejo imensamente ...»
c) «Cheguei para ele...» = «Argumentei eficazmente...»