Eu queria que vocês me mandassem uma comparação (se possível um quadro comparativo) morfológica, fonética e sintática entre o português e o latim clássico.
Estou neste momento a fazer um estágio de tradução no parlamento europeu, sou licenciada em línguas e literaturas modernas. Há pouco, durante uma tradução ocorreu-me uma dúvida, não deveria o verbo ser, conjugado no pretérito-mais-que-perfeito, nas 1.ª e 3.ª pessoas do singular ter um acento circunflexo, à semelhança do que acontece com o verbo pôr, para evitar a confusão com a preposição por? É que em português, o advérbio fora tem a mesma grafia!
Sabemos que a palavra "olimpíada" é uma medida de tempo, que corresponde a quatro anos – período transcorrido entre os jogos, ou seja, enquanto a famosa tocha é transportada de mão em mão, entre uma e outra sede olímpica. O sentido original deste termo, portanto, nada tem que ver com as competições desportivas em si, que nada mais são que um marco temporal, balizando o início e o fim de uma olimpíada.
Não obstante, nota-se que a uso da palavra "olimpíada", para significar as próprias efemérides desportivas, é uma impropriedade que tem curso não apenas no Brasil (não sei se em Portugal sucede o mesmo), como também em países de fala espanhola – lembro-me como me incomodava o uso oficial desse termo, durante as solenidades de abertura e clausura dos Jogos Olímpicos de Barcelona. Tal não é o caso dos países de língua inglesa ou francesa, onde o normal é dizer "Olympic Games", ou "Jeux Olympiques".
Em que medida se deve legitimar o uso generalizado da palavra "olimpíada", com o sentido desvirtuado que se lhe atribui?
Lendo a resposta à pergunta de uma consulente sobre o emprego de maiúsculas nas unidades de peso, capacidade, etc., fiquei surpreendida com o facto de as regras terem mudado. Quando ocorreu essa mudança e qual o documento/convenção/acordo em que ficou consignada? Gostaria de vos pedir que me facultassem as referências necessárias.
Espero que não se trate de mais um fenómeno de seguidismo ortográfico/linguístico típico, resultante de um decalque das regras da literatura técnica de origem anglo-saxónica (esses, sim, sempre utilizaram «L» como abreviatura de litro).
Normalmente, o Sistema Internacional de Unidades tem algo a dizer na matéria. Não me alongo, porém, uma vez que não estou bem informada sobre estes problemas.
Parabéns pelo vosso trabalho!
Escrevi uma vez mais para esclarecer as minhas mais recentes dúvidas:
a) Testes-diagnóstico é escrito com hífen?
b) Qual a grafia correcta: testes-diagnóstico ou testes-diagnósticos (com ou sem hífen).
Desde já os meus agradecimentos.
No programa 'Jogo Falado' de 2/10/00, o treinador do Belenenses, Marinho Peres, utilizou a palavra 'prófugo' a propósito das suas aventuras com a tropa: tinha-se naturalizado espanhol e foi mobilizado para o exército; como já teria feito a tropa no Brasil, foi-se embora na dita condição de 'prófugo'.
Achei a expressão curiosa e confirmei-a no 'Novo Michaëlis" português-inglês: prófugo adj. fugitive; deserter; vagrant, vagabond.
Será, então, 'desertor' ou 'refractário'.
Tendo lido a dúvida sobre o significado da expressão "pedra na funda", indaguei sobre o seu significado que segundo me disseram significa que alguém tem segundas intenções, as quais não revela.
É claro que necessitaria de uma confirmação melhor (tirada v.g. de um dicionário de expressões).
O plural de cartão de visita é cartões de visita ou cartões de visitas?
Qual é o plural de "papel"? Será "papeis" ou "papéis"?
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