Ouço constantemente toda a gente usar o termo misticismo (místico), referindo-se a qualquer coisa que não existe ou inalcansável. Não será antes... miticismo (mito)?
Em resposta a algumas perguntas verifiquei que indicam acervo como diferente de espólio e não como sinónimos. Consultando um qualquer dicionário de língua portuguesa, verifico no entanto significado igual para ambas as palavras, ou seja, ambas a designarem conjunto de bens de uma herança.
A expressão caminhabilidade existe?
Pretendo traduzir a expressão «neighborhood walkability». Uma opção possível na inexistência de caminhabilidade será «adequabilidade do bairro para caminhar». O que vos parece?
Diz-se no texto do Acordo Ortográfico – Base IV:
1. O c [...] e o p [...] ora se conservam, ora se eliminam. Assim [...]
c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente [...]: aspecto e aspeto, [...] dicção e dição, [...] sector e setor, ceptro e cetro [...].
No entanto, no Vocabulário de Mudança – lista da MorDebe das palavras cuja grafia muda com o Acordo de 1990, diz-se:
Ortografia Nova – Notas
aspecto, aspeto – aspecto não é aconselhável em Portugal [...)
dicção, dição – na prática, a situação anterior não muda [...]
sector, setor
cetro.
Pergunto:
1. Aspecto não é aconselhável em Portugal, ou é errado?
2. As palavras dicção e sector têm as mesmas variações da palavra aspecto e, no entanto, de aspecto diz-se que não é aconselhável em Portugal, de dicção diz-se que a situação não muda e de sector não há nenhuma nota. Qual a diferença? Penso não se perceber a coerência nestas notas...
3. Em relação a ceptro, aparece uma única forma na ortografia nova, enquanto o texto do Acordo, conforme acima, aceita as duas formas facultativamente.
Os nomes sobrecomuns, comuns de dois e epicenos não aparecem no Dicionário Terminológico.
Gostaria de saber se se mantêm ou não estas classes de palavras.
«Para poder participar na festa a partir do seu computador precisa de ter uma personagem de madeira na sua casa digital.» (Quem precisa de ter um código é o utilizador.)
Após uma pesquisa online, cheguei á conclusão de que esta frase, devido a ser uma oração assindética, deveria ter uma virgula entre as palavras computador e precisa.
No entanto, foi usado o argumento contra, em que, devido a a segunda parte da frase ser consequência direta da primeira, o uso de virgula é incorrecto.
Será que me poderia elucidar se alguma destas formas está incorrecta?
Gostaria de saber se, com a introdução do novo AO, palavras como Homem (Humanidade), Natureza (conjunto de todos os seres vivos), Sistema Solar e Via Láctea mantêm a inicial maiúscula.
Tenho um comércio e coloquei uma placa na frente que diz o seguinte: «Não vendo fiado em hipótese nenhuma.» Está escrito da forma correta?
De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, será correto escrever miniação? O prefixo termina em vogal, e a palavra seguinte inicia-se com uma vogal diferente. Por sua vez acção perdeu o c que não se pronunciava.
Diz o Vocabulário Ortográfico do Português – Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português: «Mantém-se o hífen nas seguintes situações…: quando o prefixo ou radical termina com a mesma letra (vogal ou consoante) com que se inicia a palavra a que se junta…» Diz o Acordo Ortográfico, Base XVI – 1: «só se emprega o hífen nos seguintes casos: (…) b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento…»
Assim, a regra aplica-se quando são iguais (terminação do prefixo e início da 2.ª palavra) as vogais, ou as letras (vogal ou consoante)?
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